Chocolate pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares... desde que consumido com muuuuita parcimônia
Peter Moon
Que o chocolate amargo faz bem para a saúde todo o mundo já sabe. O que um estudo italiano acaba de revelar é a quantidade de chocolate que pode – e deve – ser consumida para prevenir o surgimento de doenças cardíacas é de ínfimos 6,7 gramas por dia. É menos do que um quadradinho de uma barra de chocolate de 100 gramas. Um quadradinho tem entre 6,25g (33 calorias) e 8,3 g (50 calorias).
A pesquisa publicada em 2008 na revista científica Journal of Nutrition foi realizada pela Universidade Católica de Campobasso em colaboração com o Instituto Nacional do Câncer, em Milão. “Partimos da hipótese de que as grandes quantidades de antioxidantes presentes no cacau, em especial os flavonóides e outros tipos de polifenóis, poderiam ter benéficos na prevenção de doenças cardíacas”, diz a líder do estudo, Romina di Giuseppe.
Os pesquisadores identificaram entre um universo de 20 mil italianos, 4,8 mil em boa saúde e livres de fatores de risco para doenças cardíacas. Todos tinham níveis de colesterol e de pressão arterial normais. Entre eles, 27% (1.317) nunca comem chocolate, enquanto 17% (824) comem regularmente, mas só chocolate amargo. “Estes 17% podem parecer pouco, mas é o bastante para reduzir o risco de doenças cardiovasculares em um terço entre as mulheres, e um quarto, no caso dos homens. É um resultado surpreendente”, afirma Romina.
Mas a quantidade de chocolate consumida diariamente é crítica para auxiliar a saúde. “Estamos falando de um consumo moderado. O melhor efeito é obtido ao se consumir em média 6,7 gramas de chocolate ao dia, o que corresponde a um quadradinho duas a três vezes por semana”, diz a médica. “Além dessa quantidade, o efeito benéfico tende a diminuir”.
Mas e quanto ao chocolate ao leite? “Vários estudos já demonstraram que o leite interfere na absorção de polifenóis. É por isto que o nosso estudo considerou apenas o chocolate amargo”, diz Romina. "Talvez esteja na hora de retirar o chocolate da categoria dos doces que são considerados ruins para a saúde”, diz Giovanni de Gaetano, diretor da Universidade Católica de Campobasso.
Originalmente publicado em Época Online, em 10/10/2008.
Peter Moon
Que o chocolate amargo faz bem para a saúde todo o mundo já sabe. O que um estudo italiano acaba de revelar é a quantidade de chocolate que pode – e deve – ser consumida para prevenir o surgimento de doenças cardíacas é de ínfimos 6,7 gramas por dia. É menos do que um quadradinho de uma barra de chocolate de 100 gramas. Um quadradinho tem entre 6,25g (33 calorias) e 8,3 g (50 calorias).
A pesquisa publicada em 2008 na revista científica Journal of Nutrition foi realizada pela Universidade Católica de Campobasso em colaboração com o Instituto Nacional do Câncer, em Milão. “Partimos da hipótese de que as grandes quantidades de antioxidantes presentes no cacau, em especial os flavonóides e outros tipos de polifenóis, poderiam ter benéficos na prevenção de doenças cardíacas”, diz a líder do estudo, Romina di Giuseppe.
Os pesquisadores identificaram entre um universo de 20 mil italianos, 4,8 mil em boa saúde e livres de fatores de risco para doenças cardíacas. Todos tinham níveis de colesterol e de pressão arterial normais. Entre eles, 27% (1.317) nunca comem chocolate, enquanto 17% (824) comem regularmente, mas só chocolate amargo. “Estes 17% podem parecer pouco, mas é o bastante para reduzir o risco de doenças cardiovasculares em um terço entre as mulheres, e um quarto, no caso dos homens. É um resultado surpreendente”, afirma Romina.
Mas a quantidade de chocolate consumida diariamente é crítica para auxiliar a saúde. “Estamos falando de um consumo moderado. O melhor efeito é obtido ao se consumir em média 6,7 gramas de chocolate ao dia, o que corresponde a um quadradinho duas a três vezes por semana”, diz a médica. “Além dessa quantidade, o efeito benéfico tende a diminuir”.
Mas e quanto ao chocolate ao leite? “Vários estudos já demonstraram que o leite interfere na absorção de polifenóis. É por isto que o nosso estudo considerou apenas o chocolate amargo”, diz Romina. "Talvez esteja na hora de retirar o chocolate da categoria dos doces que são considerados ruins para a saúde”, diz Giovanni de Gaetano, diretor da Universidade Católica de Campobasso.
Originalmente publicado em Época Online, em 10/10/2008.
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